Paciente com 35 anos, sofrendo de alopecia androgênica, resposta ao tratamento após 5 meses.
A alopecia androgenética é a forma mais comum de alopecia nos homens, afetando mais de 60% dos homens ao longo de suas vidas.
CAUSAS
A causa da alopecia androgênica é genética e hormonal. Nos homens que começam com a alopecia androgênica, geralmente há uma história familiar direta, embora a ausência disto não exclua a possibilidade deste tipo de alopecia. Na alopecia androgênica masculina, os folículos capilares na área frontal, superior e da coroa são mais sensíveis à ação dos andrógenos (hormônios masculinos). Os andrógenos induzem uma miniaturização dos folículos (ou seja, eles se tornam mais finos) e sem tratamento eles desaparecerão. Este tipo de alopecia geralmente começa por volta dos 20-25 anos de idade ou antes.
Os sintomas característicos dos homens com alopecia androgênica são perda da densidade do cabelo (ou seja, o couro cabeludo se torna “mais leve”). As áreas mais freqüentemente afetadas são a região frontal (linha de cabelo recuada) e a coroa da cabeça. Nem todos os pacientes com alopecia androgênica atingirão o estágio mais avançado da calvície, embora sem tratamento, o curso da alopecia androgênica seja geralmente lentamente progressivo, especialmente durante a juventude.
O diagnóstico da alopecia androgênica masculina é feito clinicamente e por análise com o tricóscópio (usado na sala de consulta). Graças a esta técnica de diagnóstico não invasiva, é possível fazer um diagnóstico precoce das formas precoces de alopecia androgênica, permitindo que o paciente se beneficie de um tratamento precoce para parar sua alopecia. Para o acompanhamento da alopecia androgênica, o monitoramento digital correto com fotografias padronizadas é essencial para poder avaliar a evolução e a resposta terapêutica ao tratamento a médio e longo prazo.
Com relação aos testes complementares, uma vez que a alopecia androgênica masculina não está normalmente associada a outras doenças concomitantes, no caso dos homens não é normalmente necessário solicitar estudos analíticos periódicos.
TRATAMENTO
Atualmente, não há tratamento curativo para a alopecia androgênica masculina, ou seja, as terapias disponíveis devem ser mantidas a longo prazo a fim de manter os resultados. Não é necessário manter estes tratamentos “para toda a vida”, mas quanto mais tempo eles forem utilizados, melhores serão os resultados. Se eles forem usados por um período de tempo (por exemplo, 3 anos) e depois pararem, o paciente terá melhorado durante esse período e então reterá parte da melhora por um longo tempo. Entretanto, a melhoria total não será mantida se qualquer opção de tratamento for completamente abandonada.
O objetivo do tratamento para a alopecia androgênica é principalmente retardar a progressão da alopecia. Entretanto, a maioria dos pacientes também consegue uma melhoria na densidade do cabelo, em alguns casos muito significativa. O efeito das terapias médicas é o espessamento do cabelo fino existente.
A estratégia geralmente utilizada é a de realizar um tratamento mais intensivo no início do tratamento (primeiros 2 anos), já que o efeito das terapias só começa a ser visto 6 meses depois, com um máximo após 12-18 meses. Posteriormente, a freqüência e a intensidade dos tratamentos podem ser reduzidas para torná-los mais confortáveis e sustentáveis a longo prazo. A multiplicidade de opções de tratamento disponíveis hoje nos permite fazer mudanças para atender às necessidades do paciente e de sua alopecia a qualquer momento.
Referência Bibliográfica:
-Novos tratamentos para a queda de cabelo. Vañó-Galván S, Camacho F. Actas Dermosifiliogr. 2017 Abr;108(3):221-228. doi: 10.1016/j.ad.2016.11.010.
-Vañó-Galván S, Saceda-Corralo D, Moreno-Arrones OM, Rodrigues-Barata R, Morales C, Gil-Redondo R, Bernárdez-Guerra C, Hermosa-Gelbard Á, Jaén-Olasolo P. Eficácia e segurança da dutasterida oral para alopecia androgenética masculina na prática clínica real: um estudo monocêntrico descritivo. Dermatol Ther. 2020 Jan;33(1):e13182. doi: 10.1111/dth.13182.